quarta-feira, 4 de julho de 2012

Santa Bárbara


Santa Bárbara nasceu em Nicomédia, na Ásia Menor, pertencendo a uma família de certa posição social. Às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu instruir-se na religião cristã.

Devia ter tido especiais dotes de beleza e inteligência, porque seu pai, Dióscoro, depositava nela as mais radiosas esperanças em vista de um casamento honroso. Mas Bárbara apresentava indiferença às solicitações do pai, até que este descobriu sua condição de cristã. Ficou, então, furioso e seu amor paterno se transformou em ódio desumano. Ameaçou-a com torturas e, finalmente, denunciou-a ao prefeito da província, Martiniano.

O coração da Jovem Bárbara sentia-se dilacerado entre amores opostos: o dos pais de uma parte e o de Cristo, amor supremo. Verificou-se nela a palavra do Divino Mestre: "Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, e os inimigos do homem serão as pessoas da própria casa" (Mt.10,34-36).

Bárbara suportou o processo com firmeza e altivez cristã, protestando sua fidelidade a Cristo, a quem tinha consagrado sua virgindade. Era o tempo do imperador Maximiano, nos primeiros anos do século IV. O juiz, vendo a obstinação da jovem cristã em professar a fé, mandou aplicar-lhe cruéis torturas, mas suas feridas sempre apareciam curadas. Pronunciou, então, sua sentença de morte.

O próprio pai, Dióscoro, furioso em seu cego paganismo, decepcionado em seus interesses, num excesso de barbárie, prontificou-se para executar a sentença: atirou-se contra a filha, que se colocou de joelhos em atitude de oração, e lhe decepou a cabeça. Logo após ter praticado seu hediondo crime, o céu escureceu-se à sua volta, ele sentiu uma grande angústia e começou a caminhar pelo local, mas um raio fulminante atingiu-o no peito, matando-o instantaneamente.

O culto de veneração desta santa do Oriente passou para o Ocidente, sobretudo, Roma, onde desde o século VII se multiplicaram as igrejas e oratórios dedicados a seu nome. Esta santa é invocada, sobretudo, como protetora contra a morte trágica e contra os perigos.

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