sexta-feira, 27 de julho de 2012

São Joaquim e Sant'Ana


Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece". 

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. 

Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.

A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Qual a diferença entre a Bíblia católica e a Bíblia evangélica?



Creio que muitas pessoas têm dúvidas relativas a possíveis diferenças entre a Bíblia Católica e a Bíblia Evangélica. Seriam essas diferenças que levam evangélicos a discordar dos católicos e vice-versa?
Como ex-católico, conheço as duas versões da Bíblia e creio que as duas diferenças existentes entre elas são: Número de livros e tradução.

Numero de livros.

Bíblia evangélica tem sete livros a menos em relação à Bíblia católica. Estes livros são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico.
Estes livros foram considerados pelos judeus da palestina como não sendo inspirados pelo Espírito Santo e por isto os evangélicos os rejeitam como parte da Bíblia. Colabora ainda o fato destes livros não terem sido citados por nenhum autor do Novo Testamento.

Tradução

Primeiro, é preciso entender que a Bíblia foi originalmente escrita em hebraico e aramaico (antigo testamento) e grego (novo testamento). Posteriormente o AT foi traduzido para o grego. As Bíblias escritas em outros idiomas como inglês, espanhol, francês, alemão, português, etc, são versões do grego original. Desta forma, cada tradutor usou expressões diferentes em seu próprio idioma para representar aquilo que estava escrito em grego.
As diferentes versões da Bíblia, normalmente não alteram o sentido original, por isto, tanto a tradução católica como a evangélica tem o mesmo princípio. Evidentemente que alguns termos podem ter sido adaptados a uma comunidade em detrimento de outra.

Tradução da Bíblia para o português

Bíblia evangélica usada no Brasil foi traduzida para o português por João Ferreira de Almeida, um português católico que se converteu ao protestantismo em 1642 e logo em seguida iniciou o trabalho de tradução. A versão de Almeida foi a primeira em língua portuguesa.
Bíblia católica possui diversas traduções. Não sei precisar se há alguma versão preferida. Soube recentemente que a versão “Nova Tradução em Linguagem de Hoje” (versão evangélica) da Sociedade Bíblica do Brasil foi adotada por uma importante editora católica.

Conclusão

As diferenças entre a Bíblia católica e a Bíblia evangélica não torna uma verdadeira e outra falsa. Ela é única em sua essência e tem o mesmo propósito que é apresentar a salvação em Jesus Cristo.
Católicos e evangélicos submetem à mesma palavra. O critério de salvação para um evangélico é o mesmo para um católico. Se os evangélicos insistem que é necessário entregar a vida a Jesus e obedecer à palavra de Deus, a Bíblia católica não desmente isto, pelo contrário, ela confirma isto.
Portanto, a diferença entre evangélicos e católicos não é pelo que está na Bíblia e sim pelo que não está. Enquanto que os evangélicos têm sua fé fundamentada exclusivamente nas sagradas escrituras, os católicos baseiam-se também na tradição e nos dogmas da igreja, como: a  assunção de Maria, a infalibilidade do papa, o purgatório, o culto aos mortos, culto aos santos, entre outros. Estes ensinamentos não são bíblicos e, portanto são alguns dos pilares que distanciam evangélicos de católicos.
Fiquemos com a Bíblia, pois ela é a palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo e fonte de toda a informação que o homem precisa para conhecer a Deus.

sábado, 21 de julho de 2012

São João Bosco

Dom Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815, no Piemonte, Itália. Filho caçula de três irmãos, teve em sua "Mamãe Margarida" um exemplo profundo de vida cristã que marcou profundamente seu espírito.

 Aos nove anos teve um sonho profético: pareceu-lhe estar no meio de uma multidão de crianças ocupadas em brincar; algumas delas, porém, proferiam blasfêmias. Joãozinho lançou-se, então, sobre os blasfemadores com socos e pontapés para fazê-los calar; eis, contudo, que se apresenta um personagem dizendo-lhe: "Deverás ganhar estes teus amigos não com bastonadas, mas com bondade e amor... Eu te darei a Mestra sob cuja orientação podes ser sábio, sem a qual, qualquer sabedoria se torna estultícia".O personagem era Jesus e a Mestra Maria Santíssima.


 Após esse sonho, Dom Bosco fez tudo para ficar próximo dos jovens, pois "se estão comigo, dizia à mamãe, não falam mal".
Desejando fazer-se padre para dedicar-se totalmente à salvação das crianças, enquanto trabalhava de dia, passava as noites sobre os livros, até que, aos 20 anos, ingressou no Seminário de Chieri e, em 1841, foi ordenado Sacerdote em Turim, aos 26 anos. Turim, naqueles tempos, estava cheia de jovens pobres em busca de trabalho, órfãos ou abandonados, expostos a muitos perigos para a alma e para o corpo. Dom Bosco começou a reuni-los aos domingos, às vezes numa igreja, outras num prado, ou ainda numa praça para fazê-los brincar e instruí-los no catecismo até que, após cinco anos de grandes dificuldades, conseguiu estabelecer-se no bairro periférico de Valdocco e abrir seu primeiro oratório. Os garotos encontravam ali alimento e moradia, estudavam e aprendiam uma profissão, mas sobretudo aprendiam a amar o senhor: São Domingos Sávio era um deles.
Uma de suas recomendações foi esta: "Dizei aos jovens que os espero no paraíso...". Expirava em 31 de Janeiro de 1888, em seu pobre quartinho de Valdocco, aos 72 anos de idade. Em 1º de abril de 1934, foi proclamado santo pelo papa Pio XI, que teve a felicidade de conhecê-lo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Jesus, o verdadeiro amigo.


"Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou retardar as coisas pois tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo Dele e não o nosso..."

O nadador........ 

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho.
Alguém intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito. 
O nadador sorriu respondeu: 
Há alguns anos eu era um professor de natação. 
Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. 
Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco. 
Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube. 

Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. 
Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz. 
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. 
Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado.
Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar com seu precioso sangue. 
Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. 
Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.
Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. 
Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.

Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. 
Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. 
Se eu tivesse saltado seria meu último salto.
Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.
Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina,
confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, 
consciente de que foi exatamente em uma Cruz que Jesus morreu para me salvar.

Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, 
sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes de saltar na água...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

João 1:1-51


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.
E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.
Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.
Estas coisas aconteceram em betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.
E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;
E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?
Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima.
Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.
Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.
E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. 
João 1:1-51

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As Naturezas (Divina e Humana) de Jesus Cristo



Os Concílios de Éfeso (325) e de Constantinopla (381) proclamaram a fé de todos os católicos nas duas naturezas (divina e humana) de Cristo Jesus, deixando claro que Jesus era verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mas não expuseram de que forma estas duas naturezas estão unidas ou subsistem na pessoa de nosso único Senhor.
Isso deu margem a uma série de erros teológicos que surgiram nos séculos IV e V d.C., entre eles podemos citar: os Eutiquianos, que defendiam que a natureza de Cristo era uma natureza híbrida, uma mistura entre a natureza divina e a natureza humana, ou seja, a natureza de Cristo seria uma terceira natureza, distinta da natureza humana e da divina; os Valentinianos, que afirmavam que Jesus Cristo era verdadeiro homem, mas que negavam que seu corpo humano tivesse sido formado no ventre de Maria – Jesus, segundo eles, não teria recebido nada de Maria, pois seu corpo teria sido formado no céu e trazido à terra por intermédio de Maria, ou seja, Maria seria apenas a mãe de criação de Jesus e não sua mãe biológica; Arianos; Nestorianos…
Vale a pena falarmos um pouco mais dos Nestorianos e do iniciador dessa heresia. Nestório foi bispo deConstantinopla (429 d.C.) e defendeu como verdade o fato de que em Cristo havia duas naturezas (humana e divina) e duas pessoas: a pessoa do Filho de Deus e a pessoa do homem Cristo, filho de Maria. Maria seria, portanto, mãe apenas do homem Cristo, mas não seria mãe de Deus. Contra essa heresia se levantou providencialmente a voz de outro grande bispo: Cirilo de Alexandria.
Cirilo e Nestório trocaram algumas cartas onde se mostravam em posições antagônicas no tocante à maternidade divina de Maria. O primeiro era claramente a favor de que Maria merecia o título de Theotókos, enquanto que o segundo defendia a impossibilidade de uma criatura ser a mãe de Deus.
O fim da questão aconteceu durante o Concílio de Éfeso (431), que teve Cirilo como presidente. Durante esse Concílio, os padres conciliares trataram a fundo a questão da maternidade divina de Maria: Maria era ou não a Mãe de Deus? Ao final deste Concílio a doutrina de Nestório foi condenada e promulgou-se o Dogma da Maternidade Divina de Maria: “Se alguém negar que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que por isto a Virgem Maria é a Mãe de Deus tendo ela gerado, segundo a carne, o Verbo de Deus, seja condenado”.
Algumas conseqüências …
Na verdade, o Concílio de Éfeso só fez reafirmar a doutrina dos Concílios anteriores, que afirmavam que Cristo era verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem; portanto, se Maria é mãe de Cristo, ela é mãe de Deus, pois não se pode em Cristo, separar a natureza divina da natureza humana, assim, Maria não pode ser mãe só do homem, mas ela é necessariamente Mãe de Deus, sob pena de se negar a Encarnação do Verbo (Jo 1,14) e conseqüentemente toda a redenção operada por meio de Cristo Jesus.
Através da proclamação desse Dogma, a Igreja nos ensinou que Maria é verdadeiramente a Mãe de nosso Senhor, como disse sua prima Isabel ao recebê-la em sua casa (Lc 1,43) e que esta verdade é tão importante para a fé cristã que não pode ser questionada de maneira alguma.
Maria não foi apenas um simples instrumento que permitiu a Deus tornar-se presente entre nós: instrumento que poderíamos até desconhecer ou desprezar. Não, não e não! A pessoa de Maria, humana e concreta, sua natureza e sua história, estão intimamente ligadas ao grande mistério da Encarnação do Verbo de Deus, por isso Isabel exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42).
Maria foi e é, por escolha divina, verdadeiramente a Mãe de Deus (Theotókos)!!! Por isso todas as gerações a chamarão bem-aventurada, pois o Senhor operou nela maravilhas… O próprio Lutero certa vez exclamou: “Ela [Maria] não tem somente a glória de ser Mãe e Virgem, de ser Mãe do Filho de Deus, mas tem a salvação sobretudo pela fé (…) porque ela é morada eterna do Espírito Santo e permanece uma perpétua, santa e bem-aventurada Mãe para a eternidade”.
Que grande mistério: uma mulher, uma criatura, tornou-se a Mãe de Deus! Através desse mistério, podemos perceber até onde vai o amor de Deus, que não “calcula”, que não se guia meramente pelas “lógicas” e “sabedorias” humanas e que, muitas vezes, parece, aos olhos do mundo, loucura (cf. 1Cor 1,17-25).
Maria recebeu, sem dúvida, imensa honra da parte de Deus, mas, é preciso que nos atenhamos à seguinte verdade: em Maria, toda a humanidade recebeu o privilégio sem igual de acolher o próprio Deus eterno, que entrando na história se fez Homem, como eu, como você, como Maria … Deus se tornou um de nós, Deus se tornou um conosco (Emanuel – Is 7,14), e nós nos tornamos um com Ele. Você já meditou sobre isso? Você já mergulhou em oração neste mistério?
A Maternidade Divina de Maria é um grande convite que Deus nos faz para que descubramos, ainda que já o tenhamos feito, a imensidade de seu amor por nós. Ele que nos amou tanto, que quis se tornar um de nós, quis ser gerado no seio de uma mulher, como todos nós, quis ser amamentado, educado, ajudado, amado … por uma mãe, como nós… E se Ele a amou de todo coração, aos moldes de um bom filho, como não amá-la? Como é que nós, que somos cristãos, que fomos salvos por Cristo, que, pelo Batismo, nos tornamos partícipesde seu corpo, podemos não amar Maria? Ela que é mãe de Cristo, cabeça da Igreja, é mãe de todos nós que somos membros de Cristo (1Cor 12,12-30).
Dizer que Maria é mãe de Deus é dizer que Maria é Mãe nossa, minha mãe, sua mãe, nossa mãe… e João nos deixa isso claro em seu Evangelho: “Jesus então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’. E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa”(Jo 19,26-27).
Sabemos que a Palavra de Deus é eterna e que você é muito amado por Jesus, portanto, escute o Filho deMaria que te diz: “João, Maria, Fernando, Francisca… eis aí tua Mãe, EIS AÍ NOSSA MÃE !!!”.
Você tem o privilégio de compartilhar com o próprio Deus a filiação à Maria. Bendito seja Deus, que em sua Misericórdia nos deu Maria como nossa Mãe. Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe nossa, rogai por nós!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Jesus, o bom pastor




O profeta Isaias havia anunciado que o Messias abriria sua boca em parábolas para que os de coração endurecido, vendo, não vissem e, ouvindo, não ouvissem. Quando Jesus anunciou sua missão misericordiosa nesta parábola, cheia de ternura, do Bom Pastor, o Evangelista nos relata que “eles não entenderam do que estava dizendo” (Cf. Jo. 10,6). Seu coração estava cheio de ódio porque não o queiram reconhecer como o Filho de Deus e “Novamente apanharam pedras para apedrejá-lo” (vs.21)e mais adiante, procuravam prendê-lo (vs.39).

Que o nosso coração esteja disposto e atento para percebermos todo o ensinamento da parábola e, sobretudo, para a vivermos na confiança ilimitada na bondade de Deus.

O pastor, uma realidade natural para o povo a quem Jesus falava e que perdurou por séculos até bem pouco tempo atrás, antes da transformação da economia rural em industrial. Ele cuidava das ovelhas e as guardava do perigo, levava-as às pastagens e, deixando seguras todas as outras, saía a procurar a que se extraviara, cuidava-lhe as feridas daquela jornada solitária e a levava novamente ao convívio das demais.

Jesus se intitula o Bom Pastor. Bom, ele o era por essência, como Filho de Deus, em quem habita. Em sua plenitude, a Bondade, ensina Santo Gregório, papa. Bom, também e ainda na sua forma, enquanto entregou sua vida pelas ovelhas que lhe foram confiadas pelo Pai. Não só se sacrificou por elas, continua o mesmo santo, mas ainda deu-se em alimento e bebida, na eucaristia: “Bom Pastor, entregou sua vida pela suas ovelhas para que, em sacramento para nós, vertesse seu corpo e sangue e saciasse as ovelhas que remira com o alimento de sua carne”. 

Santo Tomas, no hino seqüencial “Lauda Sion”, que se reza na liturgia da missa da festa do Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor, retoma o mesmo tema. Da Eucaristia, memorial da morte de Cristo, que nos dá em alimento, pede e suplica que nos conduza às pastagens eternas.

Na continuidade da parábola, Jesus ensina que a ovelhas conhecem a voz do Pastor e o seguem. Não reconhecem o mercenário, que não é pastor e a quem não interessa as ovelhas senão o ganho da jornada. Ele deixa vir o lobo que rouba rezes e devasta o rebanho. As ovelhas do redil de Cristo e ainda as de outro redil que vieram se juntar, os gentios que estavam longe da Aliança, reconhecem a voz do Pastor pela fé e pelo amor e o seguem aonde Ele as leva porque lhe foram dadas pelo Pai. 

Quando Jesus anunciou que daria seu Corpo em alimento, os judeus e muitos discípulos se afastaram. Então o Mestre Divino perguntou aos que ficaram se também eles não queriam ir embora. Pedro respondeu em nome de todos: “Senhor as que iremos? Só tu tens palavra de vida eterna” (Cf. Jo.6,68). Como em outra passagem, não foi a sabedoria humana que inspirou a resposta, senão a inspiração divina, pela fé.

Jesus é a Porta pela qual se entra no redil. Quem não entra por esta Porta é assaltante e ladrão. O único caminho que nos conduz à segurança do aprisco e às pastagens eternas é o Filho de Deus: “Eu sou a Porta: se alguém entra por mim será salvo, poderá entrar e sair e achará pastagens” pois “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Cf. Jo.10,9-10).

Quando da Ascensão aos Céus, Jesus ordenou aos seus discípulos que continuassem a sua missão: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Cf. Mc. 16,15) E, conclui o Evangelho que os apóstolos partiram e pregaram por toda a parte. A continuidade do rebanho de Deus na terra, a Igreja, foi confiada a eles e a seus sucessores. Aos que foram chamados para esta missão devem conformar sua vida com a vida de Cristo e estender sua dedicação, seu amor, a sua misericórdia ao povo de Deus. E, seguindo a mesma lição de São Gregório, já citado, estar dispostos a oferecer sua vida por aqueles que lhe foram confiados.

São Pedro recomenda aos presbíteros: “Apascentai o rebanho de Deus que vos é confiado, cuidando dele, não contra a vontade, mas de bom grado como Deus quer...mas tornando-vos modelo para o rebanho (Cf. 2Ped, 5,2) 

A nós, comunidade de fé e caridade, importa reconhecer neles a mesma voz do Pastor Eterno e retribuir com a mesma caridade e amor. Assim seguiremos o Bom Pastor, o Pão da Verdade e reconhecemos que Ele nos apascenta e nos guarda enquanto esperamos atingir os bens eternos na terra dos vivos. (seq. citada.)

sábado, 14 de julho de 2012

São Tarcísio



Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
     Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
     Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura. 
     Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os Católicos e os Milagres


Ouvi pelo rádio e respondi pelo rádio porque como católico me senti atingido. A pregadora dizia: – Na Igreja Católica não acontecem milagres. Os católicos oram e oram e lá não acontecem milagres e acentuou que na sua Igreja acontecia milagre após milagre. Ou não sabia ou sabia e resolveu mentir para os seus fiéis. De uma pregadora da fé espera-se honestidade e o mínimo de conhecimento. Nós católicos sabemos e admitimos que Deus opera milagres nas outras Igrejas. Pagãos receberam o Espírito Santo no tempo dos apóstolos, gente que não conhecia a Igreja que nascia. Os apóstolos não negaram. A Igreja reconhece que há santos e há milagres nas Igrejas Ortodoxas; reconhece que há pessoas santas e há milagres nas Igrejas Evangélicas; que o milagre não é próprio nem característico de uma Igreja, mas de Deus; e o seu Espírito sopra onde quer e em quem quer e da maneira que Ele quer; assim como Ele tem misericórdia de quem aprouver de quem tem misericórdia. O milagre é, portanto para o necessitado, passa pelas Igrejas, mas não é propriedade das Igrejas; é decisão de Deus que pode agraciar um ateu, um pagão e um cristão ou membro de qualquer outra religião, porque, na sua infinita misericórdia,


Deus não opera milagres somente para os que reconhecem e é por isso que tem acontecido isso que tem acontecido; que missionários católicos ou evangélicos, indo à terras de pagãos, às vezes oram e conseguem o milagre em favor de um pagão fora do seu templo. Isto é prova do quanto Deus é misericordioso para com todos os seus filhos. O milagre não é exclusividade de uma Igreja nem prova que uma Igreja é mais de Cristo. O próprio Jesus diz em Mateus: nos últimos tempos viriam pessoas a fazer prodígios que enganariam até os eleitos e Ele disse que o fato de alguém operar milagre ou ser instrumento de milagre, não garante o céu para este alguém. Ele o diz isto em Mateus 7, 15 – 23, – “Em teu nome profetizamos, em teu nome curamos”, dirão eles que expulsaram demônios em seu nome. E Jesus não os reconhecerá porque faltou o essencial a esses pregadores: o cuidado com os mais pobres e o respeito pelos outros.

Pode considerar-se, pois, uma Igreja de Cristo, mais amada e mais exclusiva porque lá acontece muitos milagres? É erro craso de Teologia. O próprio Jesus diz que esse não é o sinal de uma Igreja; haverá sinais para todos os seus verdadeiros discípulos mas alguns sinais serão falsos; o próprio Jesus alerta contra isso no capítulo 24 e no capítulo 25 de Mateus.

Paulo alerta a Timóteo contra os pregadores que dirão coisas agradáveis e que farão marketing excessivo; é só ler o texto com cuidado. Puxar para a própria Igreja a veracidade, só porque lá acontecem milagres, é não entender o essencial da fé cristã. O amor é a prova de que uma Igreja é de Cristo, não os prodígios que acontecem lá dentro. Além do mais, a afirmação da pregadora é desonesta, porque a Igreja Católica, através dos tempos -e nós temos no mínimo dezoito séculos a mais do que a Igreja dela-, tem profusão de milagres para contar, na pessoa de grandes santos e taumaturgos. São centenas os santos católicos que, quando oravam, conseguiam curas e milagres. Houve períodos na Igreja de muito mais multidão e muito mais milagres do que hoje tem acontecido nas Igrejas Pentecostais. E houve também muitos abusos e muitos anúncios de milagres que não aconteceram, coisa que também sucede hoje. Mas a Igreja Católica, na sua doutrina sempre deixou claro: milagres podiam ser um sinal da presença de Deus e da misericórdia Dele através dos seus santos, principalmente Maria, mãe de Jesus. Nunca disse, porém que isto é essencial à Fé Católica.

As Igrejas de Cristo não precisam ser Igrejas do milagre para ser Igreja de Cristo, mas precisam ser Igrejas da caridade, do pão repartido para merecerem este título. O milagre é um sinal, mas não é essencial. Essência da fé é a capacidade de conviver em paz com todos os homens, a capacidade de dialogar com Deus e com o próximo e a capacidade de preocupar-se com o próximo. Da essência da fé cristã é adorar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Operar milagres não é da essência de uma Igreja Cristã. Uma comunidade pode passar cinqüenta anos sem presenciar nenhum cego a ver, nenhum surdo a ouvir e nenhum coxo a andar e assim mesmo ser uma comunidade do céu, uma comunidade de Jesus Cristo. Nem a presença do milagre a torna mais santa do que as outras comunidades e nem a falta do milagre a torna menos santa. Errou, pois, a pregadora ao dizer que nós católicos não temos milagres em nossos templos e que Deus não está conosco porque não acontecem.

Estamos repletos de santuários onde o milagre acontece quase que diariamente tanto quanto nas Igrejas deles. O que sucede é que hoje fazemos menos alarde e não usamos mais estas provas para dizer que somos melhor Igreja do que as outras. Agradecemos e fica quase sempre entre o fiel e Deus. Quando ele quer dar testemunho é permitido, mas não é esta a essência dos nossos encontros. O padre que colocasse o milagre e o exorcismo como a essência dos encontros dele com os fiéis, não estaria agindo como padre católico. O primeiro acento da Igreja é nos sacramentos, na doutrina e na convivência. O testemunho “milagre” vem em suporte, mas não como razão central dos nossos encontros.

Lourdes, Fátima, Aparecida, Guadalupe e inúmeros outros santuários dedicados aos servos de Jesus como lembrança do que Jesus fez por eles, são testemunhas de inúmeros e freqüentes milagres. Há lugares onde o milagre se renova uma vez por ano, mas nós católicos não sensacionalizamos isto,  porque o milagre não é central nos nossos encontros e sim o louvor e a intercessão e a prece pelo outro. Enquanto nós dizemos que Deus opera e faz milagres fora da nossa Igreja, uma missionária de outra igreja vai ao microfone e diz que Deus não faz milagre na Igreja dos outros, só faz na dela.

Talvez aí esteja à diferença entre nós católicos e os outros. Acreditamos que o sol que brilha no telhado da nossa Igreja, também brilha no telhado das outras. Ela, pelo visto, não acredita que Deus opere fora da Igreja dela. Comete o mesmo erro que a Igreja Católica cometeu muito no passado, quando dizíamos que fora de nosso meio não havia salvação. Hoje, depois do Concílio Vaticano, dizemos com clareza, que Deus também está nas outras comunidades de fé, a quem chamamos de irmãs. Deus opera milagres no judaísmo, opera no islamismo e opera em profusão no cristianismo e nas mais diversas Igrejas. No mínimo é má intenção e se não for é má informação, mas é sempre triste saber que algum pregador cristão nega que Deus ame e aja em outras comunidades de fé. É cercear a misericórdia de Deus. É preciso dizer a estes irmãos: Ide e aprendei o que significa misericórdia quero e não sacrifícios.( Mt 9,13) É o caso de lembrar outra vez que o vento da graça, o Espírito sopra onde quer, como quer e em quem ele quer (Jo 3,8).

Deus continua livre para fazer o milagre até porque não há nenhum pregador que o faça, mas intercede em nome de Jesus, coisa que nós católicos já fazemos a séculos; nem por isso negamos que o milagre acontece em outras Igrejas. Espalhe-se essa notícia entre os irmãos católicos e entre os irmãos evangélicos e, sobretudo pentecostais; Deus está operando por toda a parte, não apenas nos nossos templos, porque Ele é mais poderoso e misericordioso do que nós imaginamos. Milagres não vêm do púlpito nem dos microfones do pregador, vem do céu e, se alguém o pedir fora da Igreja num quarto de hospital sozinho, sem a presença de um pregador, pode conseguir e em geral consegue. Nós pregadores não estamos com esta bola toda. “Espalhe-se a notícia!” O milagre existe e acontece ate quando não há um pregador por perto!…

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Vestes Litúrgicas



A variedade das vestes ou paramentos litúrgicos serve para manifestara diversidade dos ministérios (indicações hierárquicas) exercidos na Liturgia . As vestes quer nos dar o sentido de revestir-se de Cristo, de sua autoridade, dos seu serviço. O cristão procura imitar o Cristo, seu divino modelo.

Vestes, paramentos ou hábitos vêm do termo latino habitus e designam as disposições morais da pessoa e a sua atitude exterior. A veste é sinal primeiro para quem a porta.

Quanto à forma das vestes litúrgicas ficam à determinação das Conferências Episcopais frente à Santa Sé de adaptar conforme necessidades e costumes regionais:

A CNBB aprovou (1971) a substituição do conjunto alva e casula por túnica ampla, de cor neutra, com estola do tempo ou festa litúrgica .
A beleza e a nobreza das vestes decorra do tecido e da forma; se houver ornatos, sejam figuras ou símbolos que indiquem o uso sagrado. As cores devem visar manifestar o caráter dos mistérios celebrados, conforme desenrolar do ano litúrgico.

A) VESTES COMUNS.

São aquelas que todos os ministros, de qualquer grau, usam:

ALVA:

a) Túnica branca, geralmente de linho, que simboliza a pureza de coração
com que o sacerdote deve se aproximar do altar.
b) Sentido espiritual: candura virginal , incorruptibilidade da doutrina, virtude da perfeição e imagem da boa fé.,
c) Presa a cintura pelo ângulo e antecedida pelo amito .
. SOBRE PELIZ: a) Alva reduzida, quando muito chega ao joelhos, com mangas folgadas e largas. b) Não pode substituir a alva quando se usar a casula ou dalmática .

ESTOLA:

a) Tem suas raízes no Sagrado (cobrir-se quando estiver em presença do totalmente Outro) .
b) É o Talit dos hebreus .
c) Bispos e sacerdotes levam-na em torno do pescoço, pendendo diante do peito; o diácono usa a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo ao lado direito.
d) Simboliza a imortalidade da alma e é sinal do serviço e poder sacerdotal.
e) Era carregada ao pescoço com mais de uma volta, associada ao grau da hierarquia Breco - romana. Só após o séc::. IX recebe o nome de estola (antes era orarium = boca ,para proteger da saliva e do suor as sagradas espécies.)

B) VESTES PRÓPRIAS 

CASULA:

a) Vestimenta usada sobre a alva e a estola seguindo a cor litúrgica do dia. Em algumas regiões substitui a alva.
b) É diminutivo de tenda, casa; simboliza a casa ou tenda de Deus.. teto de Jesus operando com o Espírito.
c) Simboliza o jugo suave da lei de Cristo e da caridade, jugo que o sacerdote deve levar e ensinar aos demais a levar.
d) Em si , ela já é um símbolo e não convém usar outro sinal; usando que seja alusivo ao Mistério Pascal .
e) Oração de investidura: "Recebei a veste sacerdotal, símbolo da caridade. Poderoso é Deus para aumentá-Ia em vossa alma e perfazer assim a sua obra. "

PLUVIAL:

a) Vem de Pluviale = capa de chuva. Deriva da capa clerical e monástica dos séculos VIII e IX.
b) Capa que chega até os pés, aberta na frente, com fecho junto ao pescoço.
c) Usada na benção eucarística , procissões, funerais, celebração do matrimônio. O bispo usa quando administra a confirmação.
d) Deve ser usado sobre a alva ou a sobrepeliz.
e) Não tem um caráter sacro próprio, distinguindo à pessoa e à solenidade.

DALMÁTICA: 

a) Túnica comprida com mangas curtas e largas, posta sobre a alva e a estola.
b) É a veste própria do diácono , podendo ser usada também pelo bispo ou abade, debaixo da casula , seguindo a cor litúrgica .
c) Veste oriunda da Dalmácia . No séc. II "era o vestido das classes nobres, sendo adotada para o uso litúrgico no séc. IV . Os nobres a usavam em cerimônias religiosas indicando a realeza como serviço da divindade na Terra.
d) Foi adotada pelos patriarcas de Constantinopla .

Obs: O pluvial e a casula são vestes próprias do sacerdote.

C) VESTE DOS ACÓLITOS (OPCIONAIS).

TÚNICA: Cor branca ou vermelha.

COTA: Vestimenta branca colocada sobre a túnica.

COLARINHO: Colocado no pescoço dentro da túnica.

FAIXA VERMELHA: Colocada sobre a cota. Usada em celebrações festivas. Quando
a cor litúrgica for preta ou roxa não usa.

Obs : O uniforme para vestir as indumentárias litúrgicas, deve ser: camisa social de manga comprida branca, calça social preta ou azul- marinho, sapato social preto.
D) OUTRAS VESTES LITÚRGICAS .

PÁLIO:

a) Vem de pallium , casaco retangular romano.
b) Tira circular, com dois pendentes sobre o dorso e sobre o peito, usada pelo Papa e , também pelos metropolitas.
c) Era tecida com lã branca de dois cordeiros ofertados ao Papa, anualmente, na festa de santa Inês.
d) Representa simbolicamente o próprio Cristo que carregou em seu ombro uma ovelha perdida sendo imitado pelo bispo em seu pastoreio .

VÉU UMERAL OU VÉU DE BENÇÃO: 

a) Pano com o qual cobre o ombro do sacerdote enquanto concede a benção eucarística ou translada o Ssmo. Sacramento.
b) Possui estreita relação com o ato de cobrir o Sagrado como se faz com a Torah na sinagoga.
c) Foi posto em uso a partir do século VIII.

AMITO:

a) Vem de amicire = revestir.
b) Retângulo de pano que se coloca antes da alva, e cobre o colo e a espádua, firmado por dois cordões.
c) Simboliza a proteção divina, se revestir de Cristo e de sua pureza.

CÍNGULO:

a) Cordão para ajustar a alva à cintura, derivado do cinto romano.
b) Simboliza as cordas e os açoites com que Jesus Cristo foi atado e flagelado .
c) Lembra o conselho de cingir os rins como presteza para o trabalho, estar em alerta e cingir o ministro com os poderes dos conselhos evangélicos.

BARRETE:

a) Chapéu preto com 3 pontas, significando que o sacerdote é graduado
nas ciências divinas.
b) Significa, também, a Ssma. Trindade.
c) Sua utilização vem desde a Idade Média e hoje seu uso é optativo J caindo já em desuso.

BATINA:
a) Diferenciada da túnica por ser um pouco mais comprida (até os tornozelos) .
b) Cor preta para o sacerdote, branca para monges dominicanos e cistercienses , parda para carmelitas e franciscanos , roxa para bispos e vermelha para cardeais.

VÉU:

Na linguagem litúrgica , ao mesmo tempo, o véu vela e revela realidades que só são compreendidas à luz da fé :
a) Véu do sacrário : Quase desapareceu. É sinal de respeito, que vela e revela o mistério da Eucaristia contido no sacrário .
b) Véu do cibório : Não prescrito em rubrica, mas expressão do calor humano diante do frio metal e de mistério.
c)Véu do cálice: Previsto pela rubrica, mas após Vaticano II insiste em não se usar

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Intercessão dos Santos




Algumas pessoas perguntam se a intercessão dos santos é uma realidade.
A Igreja sempre acreditou que as pessoas, que morreram perfeitamente santas, imediatamente vão para o céu; isto é, para a comunhão com Deus. Nos primórdios do Cristianismo, os cristãos já celebravam Santas Missas sobre túmulos de mártires, suplicando-lhes a intercessão.
Mesmo no Antigo Testamento, já encontramos uma base bíblica com referência à intercessão dos que já estão na glória de Deus. Isso está no segundo livro de Macabeus. O povo judeu estava em guerra contra os gentios na época em que era liderado por Judas Macabeus. Para levantar o ânimo dos guerreiros, Judas contou-lhes a visão que teve, na qual Onias, sacerdote já falecido e Jeremias, intercediam por eles:
"Narrou-lhes ainda uma visão digna de fé uma espécie de visão que os cumulou de alegria. Eis o que vira: Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu.
Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus. E Jeremias, estendendo a mão, entregou a Judas uma espada de ouro, e, ao dar-lhe, disse: Toma esta santa espada que Deus te concede e com a qual esmagarás os inimigos." (2Mac 15, 11-15)
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina no §956:
"Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio" (LG 49).
São Domingos de Gusmão, moribundo, afirma a seus irmãos:
"Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida".
Santa Teresinha do Menino Jesus também confirma isso antes de morrer, dizendo: "Passarei meu céu fazendo bem na terra".
A Tradição da Igreja está repleta de confirmações sobre a intercessão dos santos. Vejamos o que afirmam outros importantes santos.
São Jerônimo (340-420), doutor da Igreja, declara:
"Se os Apóstolos e mártires, enquanto estavam em sua carne mortal, e ainda necessitados de cuidar de si, ainda podiam orar pelos outros, muito mais agora que já receberam a coroa de suas vitórias e triunfos. Moisés, um só homem, alcançou de Deus o perdão para 600 mil homens armados; e Estevão, para seus perseguidores. Serão menos poderosos agora que reinam com Cristo? São Paulo diz que com suas orações salvara a vida de 276 homens, que seguiam com ele no navio [naufrágio na ilha de Malta]. E depois de sua morte, cessará sua boca e não pronunciará uma só palavra em favor daqueles que no mundo, por seu intermédio, creram no Evangelho?" (Adv. Vigil. 6)
Santo Hilário de Poitiers (310-367), bispo e doutor da Igreja, garantia que:
"Aos que fizeram tudo o que tiveram ao seu alcance para permanecer fiéis, não lhes faltará, nem a guarda dos anjos nem a proteção dos santos".
São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja, também afirmava que:
"Comemoramos os que adormeceram no Senhor antes de nós: Patriarcas, profetas, Apóstolos e mártires; para que Deus, por sua intercessão e orações, se digne receber as nossas".
Concílio de Trento (1545-1563) em sua 25ª Sessão, confirmou que:
"Os santos que reinam agora com Cristo, oram a Deus pelos homens. É bom e proveitoso invocá-los suplicantemente e recorrer às suas orações e intercessões, para que vos obtenham benefícios de Deus, por NSJC, único Redentor e Salvador nosso. São ímpios os que negam que se devam invocar os santos que já gozam da eterna felicidade no céu. Os que afirmam que eles não oram pelos homens, os que declaram que lhes pedir por cada um de nós em particular é idolatria, repugna à palavra de Deus e se opõe à honra de Jesus Cristo, único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5)".
Por tudo isso é que a Igreja ensina que devemos suplicar a intervenção dos santos. Essa, e especialmente a de Nossa Senhora, que é a mais poderosa de todas as intercessoras, não substitui a mediação única de Cristo; ao contrário, a reforça. Pois, sem a mediação única e indispensável de Cristo nenhuma outra intercessão teria valor, já que todas são feitas através de Jesus Cristo. Por isso, a Igreja não teme invocar os santos e suas preces por nós diante de Deus.
É por isso também que a Igreja recomenda que os pais coloquem nomes de santos em seus filhos, a fim de que tenham desde pequenos um patrono no céu.